FRANCISCO DE ASSIS E FRANCISCO DE ROMA
DE LEONARDO BOFF – 01071
Bom estado 6.00
SINOPSE
«Nenhum papa na história da Igreja escolheu para si o nome
de Francisco. Houve muitos com o nome de Leão, Gregório, Bento e Pio, entre
outros. Escolher o nome de Francisco, pensando em São Francisco de Assis,
seria, para os papas anteriores, uma grande contradição. Isto porque os papas
viviam em palácios, detinham muitos títulos honoríficos, concentravam nas suas
mãos todo o poder religioso e, durante muito tempo, também o poder secular, e
possuíam territórios (Estados Pontifícios), exércitos, muitos tesouros e
bancos. Uniam na sua pessoa o Imperium e o Sacerdotium. Ora, era tudo o que São
Francisco não queria para si nem para os seus seguidores. Todos deviam ser
freis (fratres, corruptela de frater, irmão, em latim medieval). Chamavam-se
menores (os sem poder) por contraposição aos maiores (os nobres, os grandes
senhores feudais e os ricos comerciantes). São Francisco e estes freis optaram
por viver no chão da vida (in plano subsistere), juntamente com o povo, os
pobres e os rejeitados da sociedade, como os leprosos.
Se um Papa, vindo da periferia do mundo, fora da velha cristandade europeia, para surpresa de todos, escolhe o nome de Francisco é porque deseja transmitir, apenas pelo nome, um recado a toda a gente. O recado é: de agora em diante tentar-se-á um novo modo de exercer o papado, despojado de títulos e de símbolos de poder e procurar-se-á dar ênfase a uma Igreja inspirada na vida e no exemplo de São Francisco de Assis: na pobreza, na simplicidade, na humildade, na confraternização entre todos, seres da natureza e a própria «irmã e Mãe Terra» incluídos. É um projeto ousado mas necessário, pois corresponde melhor à Tradição de Jesus e às exigências evangélicas, e responde sobretudo às exigências de um mundo globalizado dentro do qual a Igreja deverá encontrar, humildemente e sem exclusividade, o seu lugar ao lado e juntamente com outras Igrejas, religiões e caminhos espirituais.»
Se um Papa, vindo da periferia do mundo, fora da velha cristandade europeia, para surpresa de todos, escolhe o nome de Francisco é porque deseja transmitir, apenas pelo nome, um recado a toda a gente. O recado é: de agora em diante tentar-se-á um novo modo de exercer o papado, despojado de títulos e de símbolos de poder e procurar-se-á dar ênfase a uma Igreja inspirada na vida e no exemplo de São Francisco de Assis: na pobreza, na simplicidade, na humildade, na confraternização entre todos, seres da natureza e a própria «irmã e Mãe Terra» incluídos. É um projeto ousado mas necessário, pois corresponde melhor à Tradição de Jesus e às exigências evangélicas, e responde sobretudo às exigências de um mundo globalizado dentro do qual a Igreja deverá encontrar, humildemente e sem exclusividade, o seu lugar ao lado e juntamente com outras Igrejas, religiões e caminhos espirituais.»
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