VEIO DEPOIS A NOITE INFAME DE MARGARIDA
PALMA – 01064
Como novo 8.00
SINOPSE
Lisboa, 1921. Vivem-se ainda as sequelas da Grande Guerra e
os temores causados pela Revolução Russa, mas sente-se sobretudo o descrédito
dos políticos, responsáveis por uma crise sem fim à vista que mergulha o País
na miséria e acende, por todo o lado, focos de violência. O assunto é tema de
conversa em casa do advogado viúvo Eugénio Furtado - o «palacete» onde reside
com as irmãs e a sua bela e encantadora filha Madalena -, mas também no prédio
ao lado, do qual são inquilinos um casal de aristocratas russos refugiados, um
velho fidalgo monárquico, uma prima de Eugénio e a famosíssima Elisa, actriz de
grande talento mas reputação duvidosa, que organiza continuamente festas e
jantares. É num desses serões que Madalena conhece um médico por quem se
apaixona; mas, se o namoro poderia, à partida, ter quase tudo para dar certo,
uma série de mal- -entendidos e intrigas vem minar a relação dos dois, tal como
o cortejo de conflitos e dramas sociais mina a credibilidade do regime,
culminando na Noite Sangrenta - talvez o mais trágico e vergonhoso episódio da
nossa história colectiva - durante a qual desaparece misteriosamente um dos
protagonistas do romance. Com um riquíssimo leque de personagens - republicanos
convictos e saudosos do rei, devotos de Fátima e ateus, aristocratas, burgueses
e populares -, Margarida Palma parte do microcosmos de um bairro lisboeta para
nos dar conta de como se vivia e amava em Portugal no mais violento período da
I República.
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