O CEMITÉRIO DE PRAGA DE UMBERTO ECO – 02776
Bom estado 8.00
SINOPSE
Durante o século XIX, entre Turim, Palermo e Paris,
encontramos uma satanista histérica, um abade que morre duas vezes, alguns
cadáveres num esgoto parisiense, um garibaldino que se chamava Ippolito Nievo,
desaparecido no mar nas proximidades do Stromboli, o falso bordereau de Dreyfus
para a embaixada alemã, a disseminação gradual daquela falsificação conhecida
como Os Protocolos dos Sábios de Sião (que inspirará a Hitler os campos de
extermínio), jesuítas que tramam contra maçons, maçons, carbonários e
mazzinianos que estrangulam padres com as suas próprias tripas, um Garibaldi
artrítico com as pernas tortas, os planos dos serviços secretos piemonteses,
franceses, prussianos e russos, os massacres numa Paris da Comuna em que se
comem os ratos, golpes de punhal, horrendas e fétidas reuniões por parte de
criminosos que entre os vapores do absinto planeiam explosões e revoltas de
rua, barbas falsas, falsos notários, testamentos enganosos, irmandades
diabólicas e missas negras. Óptimo material para um romance-folhetim de estilo
oitocentista, para mais, ilustrado com os feuilletons daquela época. Há aqui do
que contentar o pior dos leitores. Salvo um pormenor. Excepto o protagonista,
todos os outros personagens deste romance existiram realmente e fizeram aquilo
que fizeram. E até o protagonista faz coisas que foram verdadeiramente feitas,
salvo que faz muitas que provavelmente tiveram autores diferentes. Mas quando
alguém se movimenta entre serviços secretos, agentes duplos, oficiais traidores
e eclesiásticos pecadores, tudo pode acontecer. Até o único personagem
inventado desta história ser o mais verdadeiro de todos, e se assemelhar
muitíssimo a outros que estão ainda entre nós. Um romance fantástico, de um
autor que uma vez mais mostra saber como nenhum outro combinar erudição, humor
e reflexão.
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