domingo, 10 de junho de 2018

A ADEPTA DE AGNES ARABELA MARQUES – T018


A ADEPTA DE AGNES ARABELA MARQUES – T018


Como novo 9.00


Afinal o sábio é feliz até no inferno, enquanto um idiota chora até no paraíso. Podia pensar para além da minha realidade, sonhar, exteriorizar, criar, analisar. Tinha a oportunidade de me ultrapassar todos os dias. Feliz ou infelizmente, estava tudo ao meu alcance. O inferno de certeza fazia parte da paisagem... Tudo o que eu precisava, era da força para passar por ele e não me queimar. Pelo menos não me queimar por inteiro, porque renascer das cinzas é a coisa mais difícil de concretizar. Mas, uma vez recomposta, célula com célula, a nossa força e a nossa fé ficam imbatíveis. Quando tudo é solidão, isolamento, lágrimas, medo, injustiça, no fundo, morte interior, depois, há só um caminho; mudarmos ou morremos… Depois... Se houver ainda depois...

Primeiro vem o desejo da superação, a loucura e a coragem, o perder dos medos, o aniquilar por completo o medo da vida presente, o medo da loucura ou da morte. Por incrível que pareça a morte era a coisa que eu menos temia. Depois, como uma luzinha, aparece a esperança. Depois, desperta a força latente que está em nós. E aí interfere a tua visão acerca de ti mesmo e as tuas capacidades interiores. Os meus desejos e os meus sonhos não concretizados na altura, também ajudaram neste sentido, já que provavelmente não aguentaria muito ou por muito tempo. Foi como uma injecção de vida para, pelo menos, concretizar alguns dos meus objectivos enquanto viva. Depois vem o amor próprio reforçado, a confiança! Desta vez é uma fé em nós próprios. Nesse momento já não apostamos no apoio de ninguém, mas tão só e apenas na nossa pessoa (o nosso pequeno, mas ao mesmo tempo microuniverso completo que existe em nós).

E, finalmente, a nossa renascença! Nesse ponto já somos outra pessoa! Já não existe palavra que te derrube, mentira que te apanhe, mentes que te controlem, a menos que tu permitas. Já não existe dor. As alegrias e as conquistas são aceites como normais pelo nosso cérebro, como parte do nosso destino, como parte das nossas metas antes idealizadas. As satisfações do alcance das metas que nos propusemos também são consideradas normais, e são celebradas e festejadas, mas como sendo normal acontecer.

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